Transgrancanaria foi cenário de estreia de quenianos no trail
De acordo com Pérez, “Com algumas semanas de preparação específica, enfrentaram pela primeira vez uma corrida de montanha. Prova do mais alto nível, descidas longas e “técnicas”, insumos diversos, pack de hidratação, equipamentos obrigatórios, calçados de trilha… tudo novo para talvez, uma aposta arriscada. Nossas cartas: uma incomparável mentalidade vencedora e suas capacidades fisiológicas. Nossa estratégia: dosar, controlar os rivais em descidas técnicas: nada acontece se correrem mais em descidas fáceis e também no plano. Devido ao COVID a largada foi por tempo, os favoritos saíram nas primeiras posições a cada 5 segundos, porém alguns deles largaram bem atrás e ficamos sem referências. Nossos quatro atletas dominaram praticamente toda a prova de largada até a final nos dois primeiros lugares, dando um show digno de admiração. Muito feliz e orgulhoso desta estreia, que ultrapassou a nossa meta mais ambiciosa, mas uma pena que os nossos atletas tenham corrido sem referências visuais de nenhum atleta”.
Foi seu primeiro contato com descidas técnicas, típicas da corrida em trilha. “Saímos para treinar. A primeira subida estava indo bem, depois veio a descida de 8 quilômetros até Tunte. Quando os vi, foi como se estivessem nas montanhas a vida inteira. Meus medos foram afastados, porque duas semanas não imaginava como eles iam se adaptar”, lembra Octavio Pérez.
Com a contagem do tempo líquido, Andreu Simón foi o vencedor, com 2h41: 27. O queniano Ben Kimaty ficou em 2º, com 2:43:24. Na categoria feminina, a vitória foi de Virginia Pérez Mesonero (3:14:39). Monica Cheruto (3:15:40) e Sarah Jerop (3:15:50) completaram o pódio.