Colocação é apenas consequência
Escrito por Bruno Mattos.
Em nosso ep.18 do RTR TRAIL TALK, o atleta de Ultra Trail e detentor do melhor tempo brasileiro em solo internacional, Ernani Souza, disse que seu tempo está próximo de ser batido no OCC de 2016. Ele ainda pontuou dizendo que a colocação será apenas consequência, já que o tempo dele não se encaixa mais em um TOP10 na prova. O nível a cada que ano que passa é surpreendente! Abaixo fizemos um comparativo do OCC 2019 e 2016:
O campeão do último ano foi o norueguês, Stian Argermund, com incríveis 5h19:24! Já o campeão de 2016, o francês Xavier Thevenárd, completou em 5h28:37. Quase 9 minutos de diferença!
A campeã do ano passado foi a neozelandesa, Ruth Croft, com 5h50:14! Ou seja, a campeã feminina do ano passado colocou quase 4 minutos no tempo do atleta Ernani Souza! Dessa forma, ela configurou um TOP20 geral em 2019, o que significaria um 4º lugar geral no ano de 2016 (masc e fem): Incrível, não?
Para a nova geração que vem surgindo no Brasil, é bom abrir os olhos! O atleta suíço – e campeão Mundial Juvenil de Skyrunning – Roberto Delorenzi competiu o OCC no ano passado e finalizou em 5h54:54! Apenas 31 segundos do melhor tempo brasileiro nessa prova.
O ponto que o Ernani tocou é super preciso e fundamental para observarmos a evolução dos atletas a cada ano, seja no feminino ou no masculino. Muitas pessoas questionam as mudanças de percurso durante os anos e, consequentemente, o tempo final de prova. Analiticamente, isso não representou tamanha relevância na performance nos últimos 4 anos de OCC.
Deixamos uma reflexão para você apaixonado por esse esporte: Vivemos em tempos de recordes e suas siglas – FKT’s, PB’s, WR… – em que momento o Trail Running começou a evoluir tanto e aonde vamos chegar?